Olhe para esta figura por alguns instantes e decida: para que lado a
bailarina gira?
Agora, feche os olhos por alguns instantes, abra-os e tente enxergar a
bailarina girando no sentido oposto. Consegue? Se não conseguir, vá dar uma
volta, leia outras coisas, depois volte aqui no site e veja a bailarina de
novo. Constatar que ela pode subitamente girar para o lado oposto é uma
surpresa e tanto!
A surpresa, claro, é oferecida pelo seu cérebro: esta imagem é uma série de
34 quadros que não mudam de ordem (eu chequei, mas, se você quiser se
convencer, bastar salvar esta imagem e abri-la em um editor que a mostre
quadro-a-quadro), repetidos em loop.
O cérebro enxerga movimento onde não há a partir da interpolação entre
imagens sucessivas. Assim funcionam o cinema, os desenhos animados e
aqueles filminhos que aprendemos a desenhar quando crianças na margem dos
cadernos. E assim as 34 imagens da dançarina são interpretadas como cenas
sucessivas de uma moça que gira sobre uma perna só.
Mas qual perna? Aqui está o truque: as imagens no filminho acima são
ambíguas. Metade delas tanto pode representar a bailarina vista de frente
quanto de costas; na outra metade das imagens, onde ela aparece de lado, a
perna levantada pode ser tanto a esquerda quanto a direita (tente se
convencer disso com a imagem estática abaixo).
O cérebro, no entanto, não se entende com ambiguidades, e tenta sempre
encaixar suas representações do mundo em uma explicação única, coerente: se
há movimento, ou bem a bailarina gira para a direita, ou para a esquerda.
Em momentos diferentes, você pode enxergar ora a um movimento no sentido
horário, ora no anti-horário - mas, a cada momento, o movimento só pode ser
um.
O que nos faz enxergar a Bailarina Ambígua girando, digamos, para a
esquerda, e não para a direita? Acaso, talvez, ou algum processo já em
andamento no cérebro naquele instante que torna a interpretação tendenciosa
para um lado ou outro.
Mas a informação, e com ela nossas expectativas, faz uma diferença. Por
exemplo, quando o cérebro percebe a Bailarina Ambígua girando para a
direita, no sentido horário, ele percebe a perna direita levantada; quando
percebe a Bailarina girando para a esquerda, no sentido anti-horário, ele
enxerga a perna esquerda levantada. Você pode usar esse conhecimento para
tentar mudar suas expectativas e convencer seu cérebro (ou seja, convencer
a si mesmo!) a interpretar a mesma bailarina de duas maneiras diferentes.
Esta imagem aparece em uma matéria da Australian Associated Press como
parte de um suposto "teste de lateralidade cerebral". Segundo eles, quem vê
a bailarina girar no sentido horário "usa mais o lado direito do cérebro";
quem vê a bailarina girar no sentido anti-horário "usa mais o lado esquerdo
do cérebro".
bailarina gira?
Agora, feche os olhos por alguns instantes, abra-os e tente enxergar a
bailarina girando no sentido oposto. Consegue? Se não conseguir, vá dar uma
volta, leia outras coisas, depois volte aqui no site e veja a bailarina de
novo. Constatar que ela pode subitamente girar para o lado oposto é uma
surpresa e tanto!
A surpresa, claro, é oferecida pelo seu cérebro: esta imagem é uma série de
34 quadros que não mudam de ordem (eu chequei, mas, se você quiser se
convencer, bastar salvar esta imagem e abri-la em um editor que a mostre
quadro-a-quadro), repetidos em loop.
O cérebro enxerga movimento onde não há a partir da interpolação entre
imagens sucessivas. Assim funcionam o cinema, os desenhos animados e
aqueles filminhos que aprendemos a desenhar quando crianças na margem dos
cadernos. E assim as 34 imagens da dançarina são interpretadas como cenas
sucessivas de uma moça que gira sobre uma perna só.
Mas qual perna? Aqui está o truque: as imagens no filminho acima são
ambíguas. Metade delas tanto pode representar a bailarina vista de frente
quanto de costas; na outra metade das imagens, onde ela aparece de lado, a
perna levantada pode ser tanto a esquerda quanto a direita (tente se
convencer disso com a imagem estática abaixo).
O cérebro, no entanto, não se entende com ambiguidades, e tenta sempre
encaixar suas representações do mundo em uma explicação única, coerente: se
há movimento, ou bem a bailarina gira para a direita, ou para a esquerda.
Em momentos diferentes, você pode enxergar ora a um movimento no sentido
horário, ora no anti-horário - mas, a cada momento, o movimento só pode ser
um.
O que nos faz enxergar a Bailarina Ambígua girando, digamos, para a
esquerda, e não para a direita? Acaso, talvez, ou algum processo já em
andamento no cérebro naquele instante que torna a interpretação tendenciosa
para um lado ou outro.
Mas a informação, e com ela nossas expectativas, faz uma diferença. Por
exemplo, quando o cérebro percebe a Bailarina Ambígua girando para a
direita, no sentido horário, ele percebe a perna direita levantada; quando
percebe a Bailarina girando para a esquerda, no sentido anti-horário, ele
enxerga a perna esquerda levantada. Você pode usar esse conhecimento para
tentar mudar suas expectativas e convencer seu cérebro (ou seja, convencer
a si mesmo!) a interpretar a mesma bailarina de duas maneiras diferentes.
Esta imagem aparece em uma matéria da Australian Associated Press como
parte de um suposto "teste de lateralidade cerebral". Segundo eles, quem vê
a bailarina girar no sentido horário "usa mais o lado direito do cérebro";
quem vê a bailarina girar no sentido anti-horário "usa mais o lado esquerdo
do cérebro".
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